BEM VINDO AO SER-PARA-AÇÃO

GRUPO PARA MULHERES

O Ser-Para-Ação foi criado com o intuito de ajudar mulheres que estão, neste momento, vivendo término de relacionamento. Seja casamento, noivado ou namoro, as mulheres sofrem com o fim da relação. Neste grupo iremos abordar questões que causam sofrimento, de forma a elaborar esta dor. Temos também como objetivo trabalhar a autoestima e a autoconfiança para que possam pensar numa relação futura.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Armas que um Misógino tem para oprimir suas parceiras



O misógino possui um extenso repertorio de táticas para assustar: insultos, comentários desdenhosos e outros comportamentos intimidadtivos, destinados a fazer com que a parceira se sinta inadequada e desamparada. Os ataques mais óbvios incluem gritos, ameaças acessos de raiva, insultos e criticas constantes.
Ele pode também fazer ameaças implícitas de danos físicos.
Mas a maior parte do comportamento misógino, cruéis e opressores, são motivados por forças que estão alem da percepção consciente. 
As agressões verbais podem ser aterradoras e desmoralizantes quanto às ameaças implícitas de violência física.
Esses abusos são perseguições sistemáticas. A violência verbal pode ser tão devastadora para a saúde mental de uma pessoal num período mais prolongado, é uma violência psicológica.
Muitas mulheres de misóginos justificam: “Pelo menos ele não me bate”. Mas elas se sentem igualmente assustadas, tão desamparadas e com a mesma angustia. Que diferença faz se AS ARMAS são os punhos ou as palavras, essas são dequalquer maneira abusivas.
Esse tipo de opressão psicológica é particularmente insidioso, por que muitas vezes está disfarçada de ensinamentos para tornar a mulher uma pessoa melhor. Este tipo de misógino se apresenta como mestre e guru da parceira: Mas não o importa quanto ela se esforce e mude para atender as suas necessidades, sempre estará inevitavelmente errada.

Formas que os misóginos têm de OPRIMIR sua parceira:

• Através da negativa: ele nega o corrido, levando a parceira a questionar sua acuidade, e a validade de sua memória. Assim não há jeito de se resolver os problemas com alguém que nega sua existência e insiste que nunca ter existido o que a mulher sabe ter ocorrido
• Através da alteração dos fatos, o misógino reformula o fato para se ajustar a sua versão, faz alterações drásticas e amplas nos fatos, a fim de chancelar sua versão da historia.
• Alega que está se comportando mal, como reação a algum desvio de sua parceira, é como se seu comportamento afrontoso passa a ser uma reação compreensível a alguma terrível deficiência ou provocação da parceira. Transferindo a culpa ele se protege: absolve-se do desconforto de reconhecer sua participação no problema e convence a parceira que suas deficiências de caráter soam o verdadeiro motivo das dificuldades na vida em comum.
• A parceira não pode protestar, e se a parceira o faz, ele fica mais furioso. Ele encara a reação como um ataque pessoal e como prova das inadequações da parceira.. Ele transforma a parceira em culpada e ele a própria vitima. Isto acontece, pois ele está mais preocupado em desviar a culpa de si mesmo do que em reconhecer a angústia que causa à parceira.
• Se o misógino se sente ameaçado de perder alguma coisa que lhe é importante, e sentindo-se humilhado, é bastante provável que a balança se incline para a brutalidade. Para ele através do medo poderá controlar melhor sua parceira.
• Se a parceira tiver alguma atividade significativa que o misógino encare como ameaça, ele fará testes de sua devoção, fazendo com que a parceira reduza drasticamente seu mundo. Esse tipo de ciúmes e de possessividade se estende a todos os aspectos de vida. Qualquer coisa que a parceira faça que esteja fora do controle do misógino, ou seja, encarada como uma ameaça a ele deverá ser abolida. 
• Entre todas as coisas ineficazes que uma mulher pode fazer, tanto consciente como inconscientemente, para tornar o relacionamento menos doloroso, a CONIVÊNCIA é ao mesmo tempo a mais sutil e mais destrutiva para ela. No momento que ela entra em conluio com ele, a mulher perde de vista o que acontece de fato entre os dois. Sua distorção da realidade para se ajustar à visão do parceiro indica que suas percepções estão completamente fora de foco.


O misógino tem um sentimento ambivalente em relação às mulheres, baseados em grande parte em seus relacionamentos com as mães. Eles transferem esses sentimentos para as mulheres com as quais se envolvem. Depois, passa a acreditar que é tão dependente da parceira como era de sua mãe.
Inerente ao medo dessa dependência existe o medo igualmente terrível que ela venha a abandoná-lo. O temor de ficar sozinho, de ser incapaz de enfrentar uma situação de ser oprimido por uma necessidade insaciável torna a dominá-lo; Em termos cronológicos, ele é um adulto, mas psicologicamente ainda é um menino assustado.
Todos os comportamentos controladores que ele usa derivam de seu medo de abandono. É um medo contra o qual precisa defender, a qualquer custo. Num esforço para atenuar a ansiedade, ele tenta assumir o controle sobre a parceira, destruindo-lhe a autoconfiança, de modo que ela nunca o deixe e ele possa, assim, ter segurança.

Relacionamentos Conturbados: Misoginia



por Rita Maria Brudniewski 


Muitas pessoas possuem relacionamentos conturbados e não sabem o porquê, causando uma profunda infelicidade nos parceiros. Pessoas que no passado tinham sido bem sucedidos profissionalmente, mas através da opressão psicológica tornaram suas vidas insuportáveis. 

Se você tem um relacionamento em que:
• Seu parceiro assume o direito de controlar sua vida;
• Você renunciou a atividades ou a pessoas importantes em sua vida;
• Ele menospreza suas opiniões, sentimentos e realizações;
• Ele grita, ameaça ou se retira para um silêncio furioso, quando você o desagrada;
• Você “pisa em ovos”, ensaiando o que dirá a fim de não irritá-lo;
• Ele a deixa atordoada ao passar do charme para a raiva de forma inesperada;
• Você se sente frequentemente confusa, inadequada ou desequilibrada com ele;
• Ele é extremamente possessivo e ciumento;
• Ele a culpa por tudo o que está de errado no relacionamento;
Se acontecer várias dessas situações em seu relacionamento, de acordo com a Dra. Susan Forward, você está envolvida com um MISÓGINO.

"Misógino é uma palavra grega utilizada como referência a quem odeia mulheres: miso (odiar) e gyne (mulher)." (1);

Esses homens são encantadores e amorosos, mas também capazes de assumir um comportamento cruel, crítico e insultuoso, de um momento para o outro; seu comportamento estende-se da intimidação, ameaça óbvia a ataques mais sutis e disfarçados, sob a forma de constantes afrontas ou críticas erosivas. Esse homem assume o controle ao esmagar a mulher. E se recusa a assumir qualquer responsabilidade pela maneira como seus ataques faziam a parceira se sentir, em vez disso culpa-a por todo e qualquer incidente desagradável.

O que acontece quando se está num relacionamento conturbado como esse:
• Perdas drásticas do amor-próprio;
• Sintomas adicionais psicossomáticos;
• Problemas com álcool e drogas;
• Problemas com a alimentação;
• Problemas do sono;
• Depressão;
• Síndrome do Pânico;
• Isolamento.

Eles parecem amar intensamente, com relacionamentos duradouros, com uma necessidade brutal de CONTROLAR mais do que necessitavam ser admirados, como os narcísicos.
Eles podem ser responsáveis e competentes em suas relações com a sociedade; seu comportamento destrutivo não é generalizado, como acontece no sociopata. Esse comportamento destrutivo é dirigido exclusivamente à parceira.
Ele usa as palavras e as variações do temperamento como armas, esgotando a mulher com golpes psicológicos, que são devastadores em termos emocionais.
O misógino é filho de uma relação conturbada onde aprendeu, observando seus pais, que a única maneira de controlar a mulher é oprimindo-a. Ao lado disso, ele pode ter sentido que sua mãe não poderia existir sem ele, já que seu pai a maltratava; ou ainda, ele pode ter tido uma mãe que o oprimiu ou rejeitou, ao lado de um pai passivo.
Qualquer que tenha sido sua história, o misógino está na fase adulta “atuando” a sua dor de “criança” ferida, buscando desesperadamente ser amado ainda que de uma forma equivocada (1).

A Dra. Susan Forward e Joan Torres escreveram um livro intitulado “Os homens que odeiam suas mulheres e as mulheres que os amam. Quando amar é sofrer e você não sabe por quê”. Eles se sentiram comovidas com as mulheres que escreveram e contaram suas histórias. Elas precisavam serem tranqüilizadas de que o que sentiam em seus relacionamentos não era “loucura.”

Para mudarmos um relacionamento precisamos compreendê-lo e mudarmos nossa forma de pensar e agir. Recomendo esse livro a todas as mulheres que estão se relacionando com um misógino, para que os dois possam, conscientes de seus transtornos, procurar ajuda de um especialista.